E lá se foi felicidade
No largo do Boticário
A gente morre de saudade
E
lá se foi felicidade
No largo do Boticário
A gente morre de saudade
Às
vezes eu paro no tempo
E em tempo vejo o tempo
Por mim desfilar
Sinhazinha de saia rendada
Caminha no Largo pra lá e pra cá
Eu olho a vida distante
E as coisa ficaram no mesmo lugar
Cavaquinho chorando chorinhos
Anedotas nas mesas do bar
Um Ford bigode buzina
E um lenço aparece em frente à sacada
E o bonde correndo nos trilhos
Viaja no tempo que foi para o nada
Eu olho os tempos agora
Com os olhos de quem viu um lampião de gás
Uma lua de prata brilhando, uma prata que não existe
Mais
E
lá se foi felicidade
No Largo do Boticário
A gente morre de saudade
E
lá se foi felicidade
No Largo do Boticário
A gente morre de saudade
Às
vezes eu paro na vida
E a vida vai passando pra mim
O que passou
É a banda que volta tocando
Uma valsa que a pressa da vida matou
Eu vejo as crianças correndo
Pisando na grama que a vida pisou
Ah, saudade, espere um minuto
Que o sonho ‘inda não acabou
E
lá se foi felicidade
No Largo do Boticário
A gente morre de saudade
E
lá se foi felicidade
No Largo do Boticário
A gente morre de saudade