Ela faz e desfaz, acontece, obedece
Pelo motivo de sempre
Ela vem e me tem, me abraça, me caça
Pelo motivo de sempre
E eu fico, dedico, abdico, acredito
E eu esqueço, enlouqueço, padeço, mereço
E o ciclo da vida repete
Ela estraga, consagra, ela beija, ela deixa
Pelo motivo de sempre
Ela mata, desata, ela chora, implora
Pelo motivo de sempre
E eu me vejo, não queixo da sorte, da morte
Do minuto, do insulto que a vida me faz
Repetindo a mesma bobagem
Essas reações ficam lá de fora
Quando essas razões forçam um adeus
Ela vai embora
Ela diz, contradiz, enaltece, esquece
Pelo motivo de sempre
Ela vai, ela cai, ela trai, me atrai
Pelo motivo de sempre
Eu escuto o insulto, emudeço, adormeço
Um errante, amante com medo de errar
Mas falhando na mesma atitude