GENIAL DEPARDIEU

GENIAL DEPARDIEU

Tempo frio em Sampa, viagem cancelada, etc, etc, etc, eu resolvi ver outro filme, – francês, pra ver se fazia as pazes com o cinema da terra de Moliére – “Quand j’étais chanteur”, que aqui no Brasil recebeu o titulo de “Quando estou amando” (tradução nada a ver, só pra variar).

Surpresa! Apesar da direção de Xavier Giannoli – indicado a Palma de Ouro por melhor direção – eu não esperava tanto. Fui ao cinema por Gérard Depardieu (um dos melhores atores do século, na minha humilde opinião).

O filme já começa dentro de um singles bar, no show de quem já teve dias melhores; o cantor Alain Moreau. Chocante!
Gente… Seu terno branco, suas rosas vermelhas, sua pop musica anos 70 em plenos anos 2000 e a platéia quarentona e cinquentona ali, dançando e cantando com ele. Mais kitsch impossível. 
Já disseram que; uma vez o cafona exercido com propósito consciente ele se transforma em kitsch. Entendi a razão pela qual, o filme está indicado para o prêmio César Awards. Aliás, os prêmios não param por aí. Vencedor de melhor som e indicações para: Melhor ator, atriz, direção, roteiro original e melhor filme francês. E´mole? E merece.

A história: Acostumado mas também cansado com a vida que leva, ao lado da ex-mulher que se transformou em sua empresária, Alain Moreau é um cantor que não escolhe mais endereço para trabalhar e é assim que ganha a vida enquanto ainda autografa e faz fotos para as suas também cansadas fãs. Até que um dia se depara com uma corretora de imóveis nada gentil, embora discretamente bonita e muito mais jovem que ele. Essa é a sua chance de recuperar -através dela – a juventude perdida. Pronto: Um romance. Mas não é esse o tema central do filme.
O assunto mais importante é ele, que retrata fielmente a vida de um cantor – que já passou há muito dos 50 – que não chegou a ser ídolo, mas já teve seus dias de primavera e hoje em dia é um funcionário free, como qualquer outro, de cabarés, restaurantes, salões de bingo, enfim, onde puder cantar. Como diz Celso Sabadin “Existe um certo charme nostálgico no mundo decadente dos velhos cantores românticos e dos salões de baile”.

As músicas não poderiam ser mais adequadas. Sucessos de Serge Gainsbourg, Charles Aznavour, Michel Delpech, Jean-Michel Rivat (até Quiçás, quiçás em francês) e Christophe – que faz uma rápida aparição -.
As melhores cenas são exatamente aquelas em que Depardieu canta, (ele também canta e bem!) sempre no mesmo estilo “iglesiano” que de tão brega virou cult. O figurino segue no mesmo estilo, tanto em relação ao artista quanto ao publico, feito de corações solitários, nesses bailes.
“Quanto Estou Amando” é apontado pela critica especializada, como o filme que melhor celebra a carreira e talento de Gérard Depardieu. Dessa vez, concordo com a crítica. O fato é que esse filme, a gente não esquece. Ao contrário; quer ver de novo. Aliás, se não me engano, eu já vi um personagem desses em algum lugar, ops…
Dica: Fique para os créditos que tem mais uma seqüência, tipo bastidores.Genial!
Dá uma olhada no trailer.

3 comentários

  1. oi isolda! sou apaixonada pelo depardieu! vou anotar a sua dica… bjs e boa semana!

  2. Pô, isolda,

    quer ver de novo?
    eu vou com voce!!!
    adorei a sua critica favoravel

    saudades, beijos, ro

    ps: em qual versao de contos de fadas voce tirou que a branca de neve “fugiu” de casa?… (rs)

  3. Isolda disse:

    Ro, quando eu vi o filme eu tinha certeza (até falei pro Jack) que vc iria gostar desse filme. quase te liguei pra te convidar. Vamos, sim! Branca de neve fugiu sim..do castelo..esqueceu?..rs..
    beijos

Deixe uma resposta