O GÊNIO

O GÊNIO

Ainda sou do tempo que acredita que “gosto não se discute”. Se 10 pessoas disserem que tal coisa é boa e eu achar que não é, então eu não sou uma boa pessoa?É o que acontece com o grande ator que nos deixou Robin Williams, que apesar do sucesso fabuloso, da genialidade como ator e comediante, deixou transparecer numa entrevista uma piada de mau gosto sobre o Brasil. E daí? Tem muitas coisas que eu também não gosto (coincidentemente as mesmas que as dele). Por causa disso, deixei de ser quem sou?

Robin Williams sempre foi e será um dos meus atores preferidos. Seu talento é insubstituível, seu carisma é inesquecível. Não falo de filmes “pop” como “Uma baba quase perfeita” “Jumanji”, “Hook” ou o chatissimo “A sociedade dos poetas mortos”, que a crítica insiste em repetir, como se fossem os únicos. Mas de filmes interessantes como “Amor além da vida”, “O homem bicentenário”, “Voltar a morrer” “Tempo de despertar” e uma infinidade de outros, não tão bem lembrados pela “critica especializada” – eu tenho lá minha resistência em relação a ela -.

Williams, assim como tanta gente que conheço, sofria do mal do nosso tempo:A depressão.
Isso não é simplesmente uma fraqueza, um vício. Trata-se de uma doença e séria. Ele não era o que se costuma dizer “ajustado a sociedade”.  E isso não é coisa de artista. É coisa de Gênio. E ele era.  Felizmente seu trabalho não se foi com ele, ao contrário; ficou e ficará eterno, iluminando o cinema, mostrando aos que não o conheceram, a arte de atuar. De verdade, sem falsidades, sem “elogios baratos”, na magnitude da sua profissão.

Meus sinceros aplausos ao meu eterno Robin Williams. A gente se vê.

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