QUARESMA
Houve um tempo em que na Quaresma se guardavam os violões em sacos e cobriam-se os espelhos e quadros com metros e metros de fazenda roxa. Hoje esse costume está reservado às igrejas católicas e muita gente nem se dá conta do quanto a Quaresma é importante.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número. Nela, são relatadas as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito e outras mais. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer. Por isso esse costume de acreditar que tudo que está para se resolver, começar ou terminar; acontece na Quaresma, ou seja, até chegar a Páscoa. Como se fosse uma época em que a gente, às vezes sem perceber, separa o que serve do que não serve mais dentro da nossa vida; espiritual, emocional e material. Fase de mudanças. E todas as mudanças são bem vindas, mesmo que a principio a gente não consiga vislumbrar o lado positivo. Estou vivendo isso a fundo, mas tenho certeza da chegada da Páscoa – Renascimento –. Enquanto ela não chega, achei o vídeo de uns dos melhores filmes sobre o assunto; a ópera rock Jesus Christ Superstar, uma peça de teatro que virou filme em 1973. Atentem para a moda dos anos 70 (que hoje está de volta) e a inteligente idéia dessa simbólica versão. Cena entre Maria Madalena, Judas e Jesus.
4 comentários
Isolda, essa opera-rock é uma coisa inesquecível mesmo, sobretudo pra gente que estava no auge da juventude. Eu à época, com 21 anos, pra baixo e pra cima enturmado com meu violão e a turma das bandas, vestindo roupas nos modelos ditados pelos ídolos, lendo a revista SOM POP e colando seus cartazes em meu quarto, ouvindo Big Boy nas madrugadas em casa (eu não tinha nenhum carango ainda pra girar…). Eu ficava fascinado com as fotografias que via nas revistas acerca dessa ópera-rock, e também da TOMMY, encenada pelo cantor do The Who, Roger Daltrey…
Sabe, Isolda, às vezes fico pensando, de fato a gente tem de Voltar pra cá outras vezes… Numa só “passaginha” por este plano é muito pouco mesmo… a Vida é linda! Como diz o velho Tim: “Se essa vida é bonita, ela é feita pra sonhar…”. Sonhemos então!
bjs
P.S.: hoje também tenho outra homenagem à semana das mulheres lá no bloguinho…
Rebeijos
Balestra,
Bonita ou não, querendo ou não, acreditando ou não, a gente volta mesmo, fazer o que?..rs e muitas vêzes, segundo o que pude constatar na TVP que um dia eu tive coragem de me submeter.
Ah, vou lá, ver a homenagem que vc fez pra gente..
Beijos, amigo
Oi Isolda
no nosso ultimo papo, a ligaçao caiu em plena serra
que lindo isso, serviu direitinho pra mim. espero econtrar um caminho claro ate a Pascoa!
beijos, to por aqui, ro
Oi Ro,
Que bom que vc gostou. Claro que vai encontrar seu caminho.Pascoa é renascimento, não é? Com os ovos dos coelhinhos (simbolo da fertilidade) e tudo..
Beijos, amiga