UMA GRANDE TRILHA SONORA – M JARRE
Dizem que existe um lugar no espaço, onde os compositores se encontram, depois dessa missão na Terra, uma vez que os encontros acontecem por afinidade. Se for assim, acaba de chegar mais um convidado especial para essa reunião musical.
Domingo passado, dia 29, o mundo se despediu de Maurice Jarre. Autor de inúmeras trilhas, como “Lawrence da Arábia” (1962), “Doutor Jivago” (1965 – o famoso “Tema de Lara”), “Passagem para a Índia”, (1984) e outras. Maurice Jarre (pai de Jean-Michel Jarre) nasceu em 13 de setembro de 1924 em Lyon, na França, e compôs mais de 160 partituras cinematográficas para grandes diretores como John Frankenheimer, Alfred Hitchcock, John Huston, Luchino Visconti e Peter Weir. Foi vencedor de três Oscars, quatro Globos de Ouros, dois BAFTA, GRAMMY, ASCAP.
Jarre tornou-se diretor musical do Théâtre National Populaire da França em 1950 e compôs músicas para mais de 70 peças teatrais antes de trabalhar para o cinema, onde estreou em 1952 com “Hôtel des Invalides” de George Franju.
Gostava de utilizar muita percussão em suas trilhas, chegando a incluir instrumentos étnicos como a cítara em “Lawrence da Arábia”, e a fujara em “A Tin Tambor”. Nos anos 80 incluiu arranjos eletrônicos em sua música, e chegou a compor uma trilha totalmente eletrônica para o filme “The Year of Living Dangerously” (O ano em que vivemos em Perigo). Entre suas composições se incluem, também, as trilhas sonoras de filmes como “Ghost”, “O Homem Que Queria Ser Rei” e “Sociedade dos Poetas Mortos”.
Recebeu recentemente o Urso de Ouro honorífico do Festival de Cinema de Berlim e o título de oficial da Legião de Honra Francesa por sua contribuição à cultura, destacando-o como um dos compositores “mais importantes e ao mesmo tempo mais populares” da história do cinema.
Ele partiu aos 84 anos da Califórnia, onde morava há décadas e nos deixou, além de toda essa maravilhosa obra, uma grande frase; “Toda a minha vida foi uma grande trilha sonora. Música foi minha vida, música me deu vida e como música eu serei lembrado muito depois de deixar esta vida.”Algumas, das tantas musicas eternizadas por você, Maurice. Bravo et bon voyage!
2 comentários
Nobre colega Isolda,
Uma nota musical que silencia, mas as suas músicas ficaram pra sempre.
Um grande abraço,
Como sempre acontece, não é Marley?
beijos