BENJAMIN – UM CONTO DE FADAS
Assim como existe um lado psicológico-didático em cada conto de fadas e por isso mesmo, passado de gerações a gerações, pelo mundo inteiro, existem contos menos conhecidos incluídos nesse perfil. É o caso de “Eduardo mãos de tesoura” – o menino quase humano que não sabia o que fazer com sua criatividade, “O retrato de Dorian Gray” – seu retrato envelheceu e ele não e “O Curioso caso de Benjamim Button” – que vivia o tempo ao contrário-. São nossos contos de fadas contemporâneos.
Só ontem pude assistir “The Curious Case of Benjamin Button” – do conto de F. Scott Fitzgeral -baseado na famosa frase de Mark Twain: “A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18”. Mas, cá entre nós; – Seria mesmo?
A impressão que ficou foi de ter “assistido” um poema. Um filme para sentir e refletir sobre os nossos confusos valores morais atuais. O que é a vida, senão um curto espaço de tempo? O que fazer com o tema da nossa história? Que diferença faz para os nossos sentimentos, a nossa idade cronológica? Essas e outras questões são colocadas de maneira delicada e terna, tendo como assunto principal o perdão e a desmistificação do tempo.
Desde o inicio onde um relojoeiro cego, inventa um relógio que trabalha ao inverso, na esperança de ver seu filho, morto na guerra, voltar pra casa, até o final subjetivo e ao mesmo tempo lógico.
Uma história de amor humana e fantástica. Como a vida.
Trilha sonora de Alexandre Desplat. Comovente.
4 comentários
Nobre colega Isolda,
Como uma reflexão, tudo bem, mas eu ainda prefiro a gradação da evolução a da involução.
Um grande abraço
Já disse para um amigo meu como a história do filme é parecida com uma narrativa genial, atribuída ao gênio Charles Chaplin. A leitura vale a pena:
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?Ah, e então?
Gostei muito do ‘conto de fadas’.
Abraço.
Isolda Herculano.
http://www.isolda.blogger.com.br
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Oi Marley
Eu tambem prefiro, com certeza..
Um abraço
Oi Xará,
Não sei não…rs Acho que ainda prefiro a ordem natural das coisas..fica mais divertido.
Um beijo